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quinta-feira, 7 de março de 2013

O Diálogo - Mau Presságio (Final)

Imagem / Reprodução / Internet

Agora, Rose está sentada em uma cadeira. Está amarrada por uma corda junto à mobília. O homem desconhecido está novamente com trajes femininos. A luz está focada para o rosto dele. O homem se maquia diante de um espelho de uma penteadeira. Ela acorda. Ainda está fraca, porém, não sente mais o efeito da substância que a fez adormecer.       

- O que você quer de mim? Por que me trouxe pra cá?

O homem não responde. Começa a cantarolar uma canção...
- Sua bicha louca! Me tira daqui seu filho da puta! 

O homem se levanta com ódio. Joga todos os objetos que estão em cima da penteadeira no chão. Ele vai para trás da cadeira de Rose e a puxa pelos cabelos.

- Quer saber por que você está aqui? – Indaga o homem com voz afeminada. 
- Me larga seu louco! Doente! Sua bicha doida! – Revida Rose.
- Eu não sou gay sua idiota! 
- Então porque você está com essa voz? Porque veste essas roupas de mulher e está usando maquiagem? 
- Há mulheres que não usam maquiagem e tem voz grossa. Nem por isso elas são homens. Nem por isso elas deixam de ser mulheres.
- Bicha! Viado! Gay! – Provoca Rose.
- Vou te mostrar que eu não sou bicha sua vadia! – Grita o homem, agora com a sua  voz masculina.

Ele joga a cadeira no chão. Desamarra Rose e vai para cima dela. Tenta tirar o restou das roupas de Rose, já rasgadas. Ser desamarrada era tudo o que ela queria. 

A jovem aproveita a oportunidade do contato físico forçado para morder a orelha do homem que parece descontrolado. Ele grita. Há sangue na boca de Rose. Ela tenta escapar. 

Ele a agarra pelas pernas. Ela o chuta. Levanta e corre até a porta do pequeno quarto. A porta está trancada. O homem a puxa pelos cabelos. Eles lutam. Rose chuta a genitália dele. Ela consegue arrombar a porta e corre pelo corredor. Já é noite novamente. 

Ela consegue subir pelo muro, o mesmo onde horas antes foi capturada. Rose corre pela rua deserta. Está livre. Ela não olha para trás. Só quer sair daquele lugar.

Rose é parada por uma viatura onde dois policiais fazem a ronda noturna. 
- O que aconteceu com você moça? De quem você está correndo a essa hora da noite, sozinha pela rua? – Pergunta um dos policiais.
- Socorro! Me ajudem! Eu fui atacada por um louco... ele está ali naquela casa...
-Entre aqui moça. Nos leve até lá. 
Os policiais e Rose chegam até a casa. Não há ninguém. A casa está escura. 
- Moça, você é usuária de drogas? – Indaga um policial.
-Não! Eu estava presa nas mãos de um cara desde ontem. Ele estava aqui. Eu juro! Que dia é hoje?
-Segunda-feira. 
- Eu estava nesta casa desde sábado à noite. Eu fui assaltada e perseguida por um pivete. Entrei nesta casa para pedir ajuda e fui feita prisioneira.
- Cadê os seus documentos? 
- Acabei de dizer que fui assaltada! Grita Rose.
-Vamos levar você na delegacia para prestar depoimento. 
-Voltem lá na casa. Procurem direito! Por favor! Esse cara estava lá. Ele é louco...
- Tudo bem moça. Você vai conversar com o delegado e explicar a situação pra ele. Ok? Agora vamos para a delegacia.

 - O que você acha? – Pergunta um policial para o outro.
 - Isso deve ser efeito de drogas. 

FIM.

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