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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Curso de História(s) do Cinema no Casarão propõe reflexões sobre o cinema moderno


O Curso de História(s) do Cinema,  promovido pelo Casarão Cultural Floresta Sonora em parceria com a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e com o Cineclube Amazonas Douro, propõe uma reflexão sobre o Cinema Moderno.


 A partir dos anos 40 do século XX, a linguagem cinematográfica adquire uma nova configuração: de um lado, o cinema de opacidade de "Cidadão Kane" aproxima a experimentação das vanguardas de uma nova representação do homem; de outro o novo realismo italiano retira a maquiagem do cinema e mergulha na raiz das crises sociais. 


Inspirado pelas idéias de Sigmund Freud e Karl Marx, o Cinema Moderno nasce como forma de enfrentamento ao dominante esquema narrativo clássico hollywoodiano. No mundo inteiro jovens cineastas operavam uma pequena-grande revolução.


O curso, ministrado por Miguel Haoni*, ocorre no período de 27 de junho a 1° de julho, das 9 às 13 hs, com investimento de 50R$, e pretende através de quatro unidades, analisar alguns aspectos deste fenômeno.



Sobre as unidades: 


Unidade um: 
Sangue de Poetas: panorâmica sobre a violência no cinema 
Desde sua gênese, a história do cinema confunde-se com a história do cinema de violência, seja nos clássicos filmes de gênero hollywoodiano, ou os gritos de fome no Cinema Novo latino. Espetáculo vulgar ou expressão lírica, a violência sempre foi grande parceira do cinema, e em torno dela, suas vantagens e desvantagens éticas e estéticas, compreenderemos as funções das tripas e miolos na arte contemporânea.



Unidade dois: O Cinema ontológico de André Bazin. O crítico francês André Bazin, ao analisar os filmes de Orson Welles, William Wyler e Roberto Rossellini, reconheceu uma mudança significativa na linguagem cinematográfica ficcional: o caráter da montagem inspirado na experiência de Griffith e dos cineastas soviéticos era sistematicamente substituída pela densidade realista do plano-sequencia. Esta característica está na base de sua teoria do realismo revelatório e de um cinema ontológico e influenciará todo o pensamento cinematográfico posterior, da Nouvelle Vague ao Cinema Iraniano.

Unidade três: A cine-hipnose ou o estilo em Stanley Kubrick   
Stanley Kubrick foi um cineasta único no panorama do cinema moderno. Seus filmes mostravam uma ampla consciência do potencial dos gêneros clássicos, mas, sobretudo uma manipulação do tempo que atuava diretamente na respiração dos espectadores. Concebendo o cinema como um mantra, Kubrick produziu obras-primas, tornando-se um dos maiores artistas-pensadores sobre a violência no século XX

Unidade quatro: Nova Hollywood: Arte e Indústria
No fim dos anos 60 o cinema hollywoodiano estava em crise. Faltavam artistas, faltava dinheiro, faltava liberdade. No desespero por mudança, alguns estúdios investiram em jovens estudantes de cinema vindos do circuito underground. Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Martin Scorsese, Steven Spielberg entre outros aproveitaram a onda e mudaram a maneira de Hollywood criar e vender filmes. A partir do acompanhamento da trajetória dos movie brats compreenderemos como o cinema moderno contaminou a indústria hollywoodiana e como nasce a perniciosa cultura blockbuster.

*Miguel Haoni é cineclubista, diretor da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema. Coordenou os projetos Cine Uepa, Cinema na Casa e INOVACINE/FAPESPA . Participou do Cine EGPA , Sessão Maldita, Cineclube da Aliança Francesa, Coisas de Cinema e TV Clube, atualmente, coordena o Cine CCBEU e o Cineclube do Colégio Sucesso.

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