O cantor e compositor Jay Vaquer volta à Belém no penúltimo dia do mês de março (30), para apresentar o show "Alive in Belém", às 22h, no Gold Mar. Este será o primeiro show do músico com a sua banda em Belém. Quem fará abertura do show será a banda Open Bar.
Ele não imaginava que tinha tantos fãs na cidade. Ele esteve na capital em dezembro de 2011 para se apresentar ao lado da mãe, a cantora paraense Jane Duboc, apenas no teclado e voz. Jay Vaquer nasceu no Rio de Janeiro. Seu pai é o guitarrista americano Jay Anthony Vaquer, cunhado e ex-parceiro de Raul Seixas.
O cantor iniciou sua carreira ainda criança, quando já tocava violão e gravava jingles. "Canto desde os 10 anos de idade. Ainda na infância, fazia músicas. Eram coisas como 'A girafa azul', 'O menino levado', 'O macaco comilão'. Lembro que na primeira canção a girafa azul estava camuflada e não conseguiam vê-la quando olhavam para o céu. Eram músicas bobas, mas importantes para mim".
O músico possui formação em publicidade. Também formou-se em ator pelo Teatro Escola Célia Helena. Porém, a música sempre foi determinante na vida de Jay Vaquer.
Influências
Jay Vaquer carrega e imprime em seus trabalhos influências tão diversas quanto Peter Gabriel e Chico Buarque, Paul McCartney e The Cure. É sua a versão de "Boys don't Cry", que fez sucesso nas rádios e também por fazer parte da trilha sonora de uma novela da Rede Globo. A versão conta com arranjo do próprio Vaquer.
Fã de arte contemporânea e de cinema, Vaquer também acompanha de perto a direção de seus clipes, que atingiram (todos) o primeiro lugar na programação da MTV - graças à votação do público - e que foram indicados ao MVB.
"Há essa faceta das 'crônicas' no trabalho. Costumam ser canções ácidas, cáusticas, debochadas... a provocação ou não, vai depender dos valores de cada indivíduo. O resultado coloca o dedo em comportamentos hipócritas. Isso é resultado de como me manifesto artisticamente. É sincero. Mas vale salientar que é parte de meu trabalho e não ele todo", esclarece o músico ao falar do teor das suas composições.
Vaquer separa um tempo para compor. Quando faz isso sempre desenvolve algo. "É só reservar esse tempo com o objetivo, intuito e finalidade de compor", afirma.
O cantor fala do seu amadurecimento musical. "Lembro que em 'Nem tão são', meu primeiro CD de 2000, ainda não estava totalmente certo dos caminhos. Ainda experimentava outras coisas que hoje, sei que não são o meu lance. Por exemplo, amo Stevie Wonder, mas amo escutar. Na hora de compor, flertar com aquele estilo dele, é fake. Não é sincero. O meu lance é 'nórdico', sabe? Aquela melancolia que parece ter saído das geleiras da Dinamarca, da Noruega. Meu trabalho nunca foi, nem será solar".
O artista não se classifica como um cantor de pop rock. "Eu sou um compositor/cantor que transita com frequência pelo que chamam de Pop-rock, mas me permito passear por outros gêneros".
Apesar de vir de uma família de artistas, quem mais influenciou o músico foi a mãe, a cantora paraense Jane Duboc. "Minha mãe me influencia muito. Me ensina até hoje", revela Vaquer.
Sem produzir videoclipes desde 2006, Jay Vaquer afirma que ainda não tem previsão de quando produzirá novos. Ele está sem recursos financeiros e não suporta a ideia de "fazer qualquer coisa". Perfeccionista e com o desejo de oferecer o melhor ao seu público, o cantor só produziu até agora cinco clipes. Dois do primeiro CD. Um do segundo e mais dois do terceiro. Todos estão disponíveis no site do músico www.jayvaquer.com.br
Carreira:
Em 2000 lança seu primeiro disco, "Nem Tão São", pela Jam music. Deste disco, gravou 2 clipes: "A Miragem" e "Aponta de um Iceberg". Em 2003 gravou seu segundo álbum, "Vendo a Mim Mesmo", com 13 faixas. Desse álbum saiu seu terceiro clipe, para a música "Pode Agradecer (relationshit)", obtendo destaque novamente na MTV.
Seu terceiro álbum, "Você não Me Conhece", lançado em 2005 pela gravadora EMI, contou com um repertório original e teve como singles as faixas "Cotidiano de um Casal Feliz" e "A Falta que a Falta Faz", abrindo portas para um novo veículo de divulgação, o rádio. Como nos trabalhos anteriores, desses singles foram realizados clipes bastante executados na MTV Brasil: "Cotidiano de um Casal Feliz", e "A Falta que a Falta Faz".
Já em 2007 lança "Formidável Mundo Cão", que teve "Longe Aqui" como a primeira música de trabalho. Neste álbum, Vaquer contou com a participação de Meg Stock na faixa "Estrela de um Céu Nublado".
É em 2009 que o músico lança seu primeiro DVD (também editado em CD, pela Som Livre), com a gravação ao vivo do show "Alive in Brazil", que aconteceu no Vivo Rio para um público de mais de 4.000 pessoas. No show, Jay Vaquer e sua banda performaram as principais músicas de seus 4 discos de carreira. Meg Stock também participou da versão ao vivo de "Estrela de um Céu Nublado".
Em julho de 2011 Jay Vaquer lança "Umbigobunker!?", seu sexto CD da carreira (quinto álbum de estúdio). Produzido pelo premiado Moogie Canázio, foi gravado e mixado em Los Angeles-CA. Apresenta 12 músicas inéditas, todas de sua autoria.[1] O trabalho conta com a participação especial de Maria Gadú na canção "Do Nada, me Jogaram aos Leões". Em 2011 o artista fez uma participação especial com a banda Cine em uma musica do novo CD da banda chamado Boombox Arcade em uma faixa do disco chamada "Esse aqui é mais um (Sonho)".
Recebeu o Prêmio Multishow pela música "Cotidiano de um Casal Feliz" que ficou em primeiro lugar nas rádios do Rio de Janeiro.
Com a palavra, os fãs de Jay Vaquer
Ana Raíssa
Sempre que tem oportunidade a maranhense Ana Raíssa vai aos shows de Jay Vaquer. Para apreciar mais um show do seu ídolo de perto, a universitária reuniu um grupo de amigos para fazer uma pequena caravana e vir até Belém.
"Passei a ser fã do Jay Vaquer em 2007, que foi quando realmente passei a acompanhar seu trabalho, procurando notícias via internet , acompanhando o blog Fuzarca (que ele utiliza até hoje), comprando os cd's , etc.
O motivo de tanta admiração é o fato do Jay ser um artista completo, um cara que tem uma voz incrível, em minha opinião é um dos melhores compositores da atualidade no Brasil, tem uma performance no palco contagiante, é sempre muito atencioso com os fãs e é super versátil tendo a capacidade de realizar shows "voz e piano" e "espancadaria"... coisas que me emocionam e me fazem ter muito orgulho de ser uma "mundiça"( nome dado aos fãs do Jay Vaquer)", opina a jovem.
A fã fala das expectativas para o show do dia 30. "Este será o meu segundo show... o primeiro que fui foi em dezembro passado na cidade de Fortaleza. Como moro em São Luís, e infelizmente nunca houve um show do Jay por aqui, sempre que ele marca shows em cidades "próximas" eu tento dar um jeitinho de ir.
O show do Jay Vaquer é algo viciante... já sinto a necessidade de estar presente em outros. Dia 30 de março viajarei pela primeira vez a Belém, pra curtir um show maravilhoso, reencontrar o Jay e os mundiças queridos".
Vladimir Koenig
O Defensor público Vladimir Koenig admira o trabalho do artista há dois anos e revela por que é fã de Vaquer. "Admiro pela consistência do trabalho do músico que visivelmente vem sendo aprimorado a cada disco. Gosto muito da sonoridade forte e elegante".
"Também admiro muito o modo como ele desenvolve os temas das músicas. Tanto pela forma como pelo conteúdo. Muitas de suas músicas não seguem o padrão usual de poesia; algumas ele escreve como se fosse em prosa que depois é musicada. Isso dá uma sonoridade muito interessante. E suas letras vão do romantismo à ácida crítica social sem descambar para a pieguice ou discurso panfletário", opina.
"Ele é, para mim, um excelente cronista. Um dos melhores cronistas atuais. Cronista das relações humanas, das idiossincrasias do amor e da sociedade, com a capacidade de falar sobre o que é belo e o que é reprovável".
"Ele consegue falar sobre temas densos com músicas alegres e vice-versa. Por conta dessas características, especialmente pela abordagem franca e honesta que faz, tenho feito referências a músicas suas em meu trabalho, em palestras, debates e até documentos judiciais", complementa Vladimir Koenig.
Adriana Camarão
A produtora Adriana Camarão também é fã do músico. E releva os motivos. "Sabe aquela música da Marisa Monte: "E no meio de tanta gente eu encontrei você...Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio"?! Então, Jay Vaquer chegou na minha vida pra ficar. Chegou se destacando com toda sua originalidade e genialidade. Jay é aquele que elegi como ídolo, inspiração, como um dos maiores compositores e uma das maiores vozes do Brasil.
Lembro como se fosse hoje, quando assisti o videoclipe “pode agradecer” que estava na programação da MTV e foi como “paixão a primeira vista”, som e imagens, letra e melodia ..tudo perfeito!
A partir daí comecei a saber mais sobre o trabalho do Jay, e fiquei muito feliz quando soube que possui sangue paraense nas veias também, filho de uma das grandes cantoras (Jane Duboc).
Não é atoa que Jay foi elogiado por especialistas na revista Rolling Stones, ele é dono de um talento incomparavel, seduz com músicas que falam de amor e nos fazem refletir com suas criticas extremamente inteligentes e construtivas. Infelizmente ao longo do tempo percebi que o trabalho dele não é tão valorizado no mercado como deveria, mas ele conquistou um grande público, uma "mundiça" fiel que acompanha seu trabalho e possui uma grande admiração.
Tenho inumeros motivos pra dizer que sou fã, e digo mais, fã dele não apenas como interprete, compositor, mas como pessoa.
Jay não conquista apenas pelas suas músicas ousadas e intensas, mas pelo carisma, humildade e proximidade que possui com seu público. Tive o enorme prazer de conhece-lo pessoalmente ano passado (2011) em um show voz e teclado simplesmente Inesquecivel.
Dia desses era eu, sonhando com um show completo aqui na Cidade, e dia 30-03 finalmente poderei prestigiar o incrivel “Alive In Belém”. Com ingresso em mãos, não perderia esse show por nada! A "mundiça" que estará presente neste show, está contando os dias e horas para ver ele e sua banda. Inclusive, pessoas de outros Estados estão com passagens compradas para conferir aqui esse showzasso que vem ai “extraploando nossa escala richter”,e tenho certeza que será de arrepiar dos pés a cabeça".
Show: “Alive in Belém” de Jay Vaquer
Data: 30 de março, sexta-feira
Hora: 21h
Local: Gold Mar Hotel - Rua Professor Nelson Ribeiro, 132 - (Próximo a Fundação Curro Velho). – Bairro: Telégrafo.
Fone: (91) 3039-8484
Banda de abertura: Open Bar
DJ: Ayres Marcus
Classificação: 18 anos
Ingressos: R$ 40,00 (Inteira) - R$ 20,00 00 (Meia)
Att, Senhorita Matos.
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